quarta-feira, 18 de maio de 2016

Rainha das Patriarcas

Regina Patriarcharum, ora pro nobis.

São estes os chefes de famílias, chefes segundo suas genealogias. Habitavam em Jerusalém. (I Crônicas, 8)





"Patriarcas são, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, os primeiros "pais" do gênero humano", define o Padre Paschoal Rangel (1991). São aqueles que "tiveram uma influência decisiva na história da Salvação". Homens como Adão, Enoque, Noé, Abraão, Isaac, Jacó, José do Egito, etc.
Adão, origem de tudo, do bem e do mal, mas principalmente do bem, da vida, da humanidade inteira (...) ele significa a primeira figura do homem, o ponto de partida, da nossa história de amor e pecado, de penitência, reparação, santidade. A Bíblia nos diz que a Sabedoria o tirou de seu pecado (Sb 10,1). Ele representa o homem que reconhece seu estado de pecador e se penitencia: é o santo penitente por excelência.Enoque é uma figura belíssima do Antigo Testamento. Diz o Livro do Gênesis (5,22), que "Enoque caminhava com Deus", isto é, vivia na presença amorosa e contemplativa do Senhor. E tão agradável ele foi a Javé que este não o deixou morrer: arrebatou-o em corpo e alma para um lugar de delícias (Eclo 44,16; Gn 5,24; Hb 11,5).Outra figura patriarcal de beleza notável é José do Egito, o último dos grandes "pais" do povo hebreu. José, que defendeu corajosamente sua inocência e sua castidade contra a mulher apaixonada e falsa de Putifar e não se acovardou, nem mesmo diante da prisão e da injustiça. José, que amou seus irmãos até à ternura e às lágrimas, apesar de ter sido invejado, traído, vendido. José, de paciência impressionante, de humildade incomum, apesar de vice-rei do Egito. Proclamado "salvador do mundo", nunca se mostrou vaidoso, rude com os outros, violento ou encolerizado, vingativo ou desprezador.Pois bem. Mais que todos eles, a Virgem Maria soube ser humilde e boa, atenciosa e pura, contemplativa e amorosa para com seu Deus. A graça de Deus nunca encontrou nela nenhuma resistência; Seu pensamento estava permanentemente voltado para o Senhor e para seus irmãos. Ela se uniu à reparação de Cristo pelos pecados dos homens, como Adão; foi mais contemplativa que Enoque; mais fiel que Abraão; mais pura que José. (...)A Santíssima Virgem resume em si todas as virtudes e missões dos patriarcas, merecendo assim ser chamada sua Rainha. Nós, ao menos, vamos repetir com delicadeza e amor: Rainha dos Patriarcas, rogai por nós.(RANGEL, 1991) 










Notas:

RANGEL, Paschoal. Maria, Maria.... Belo Horizonte: O Lutador, 1991.

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