quinta-feira, 19 de maio de 2016

Mãe digna de amor

Mater amabilis, ora pro nobis.







Mãe Amável... "A gente poderia encher páginas (sem nenhum exagero) de citações dos Santos Padres e dos pregadores mais famosos da Igreja, aclamando a "amabilidade" de Nossa Senhora", diz o Padre Paschoal Rangel (1). E escolhe um deles, São Bernardo, para citar:


Ave, cheia de graça. Sim, cheia de graça, porque agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa de sua fecundidade; aos anjos, por sua virgindade; a Deus, por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhos para ela, porque viu a sua humildade. O Senhor, de fato, volta seu olhar para os humildes e despreza os soberbos. (...) Podes salvar-te sem a virgindade; não sem a humildade. Eu diria: se perderes a virgindade, a humildade que deplora esta perda, pode agradar a Deus; mas sem a humildade, ouso dizer que nem a virgindade de Maria teria agradado ao Senhor.
E, depois, o mesmo Padre Paschoal cita Santo Alberto Magno, quando se refere às palavras de Maria: "O Senhor olhou para a pequenez de sua serva".

Ela não disse: 'Olhou para a castidade de sua serva'. porque, como lembrou Santo Agostinho, a humildade da Virgem agradou mais a Deus que a castidade. Às vezes, com humildade, mesmo aquele que não foi casto, até então, pode agradar, como aconteceu com aquela mulher pecadora (Lc 7, 37ss). Mas nunca a castidade poderá agradar sem a humildade. Por isso, as virgens insensatas, enfatuadas pelo vazio de sua soberba desagradaram". (Mt 25, 1ss)

Conclui, o Padre Paschoal:

É sobretudo a humildade, essa pequena virtude da humildade, que torna as pessoas amáveis. Não a humildade da boca pra fora, nem a humildade mal entendida, que leva o homem a abdicar de sua dignidade de pessoa e de filho de Deus, que é antes covardia, subserviência, capachismo. Mas a humildade que reconhece seu nada diante de Deus e não quer ser mais do que, de fato, é; mas tem coragem para enfrentar o espírito mundano, sem temor de parecer careta ou estranho, se for o caso. Como a Virgem Maria. (2)


















Notas:

(1) RANGEL, 1991, pg 29.
(2) Idem, ibidem, pg 30.

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